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Pequenos Sonhadores

  • Foto do escritor: Emanuel Moraes
    Emanuel Moraes
  • 15 de abr. de 2016
  • 3 min de leitura



A jornada é difícil para quem se entrega. Para quem quer se entregar e anseia que seja agarrado ao se jogar no escuro desconhecido, tendo como luz guia, aquela expectativa pulsante de que algo bom sairá desse seu grandioso e destemido gesto. Mas nunca saí como imaginado, esperamos reconhecimento, que enxerguem em nós tudo aquilo que sabemos que somos e o potencial de quem podemos ser. A maioria das vezes não é assim, não é verdade? Não se preocupe, você é um pequeno sonhador, mas o que você quer não é errado.


Pequenos sonhadores se apaixonam mais fácil, correm riscos como se estivessem bebendo água – nem percebem o tamanho do monstro que estão enfrentando –, olham o mundo e as pessoas com compaixão e um simples olhar em conjunto a um sorriso, é capaz de te desmoronar por completo. Claro que existem os sonhadores céticos: “Comigo nunca vai acontecer” “Eu sou mais esperto que o outro” “Aqui já está vacinado contra essas coisas”. E então acontece. É aquele tipo de tapa na cara que arde por dias e dias, e quando parar de arder, em um belo dia que estiver andando na rua, um simples cheiro vai fazer você lembrar daquela maldita ardência. Você se entregou, mas não foi agarrado da forma que queria. Isso acontece. Mas é difícil de esquecer, não é mesmo? De perceber que, talvez, teria sido melhor continuar vivendo sem essa experiência. Sem que certos lugares, certos cheiros, certas formas fizessem todo o seu corpo lembrar-se daquela ardência que demorou tempo demais para sumir.


Esses são os ricos de ser entregar, mesmo que um pouquinho. Mesmo que você tenha em mente que aquilo é apenas um momento, que você pode muito bem cair em pé e sair andando normalmente, sem precisar que te segurem. Mas queremos que seja recíproco,. FATO! Bem lá no fundo, por trás de toda a pose de não se importar, tudo o que esses pequenos sonhadores puladores de penhascos querem, é que aquela pessoa por quem ela pulou, esteja lá esperando. Afinal, não foi por esse motivo que você pulou? Há pessoas que pulam por pular, pela emoção da queda... Ok, Ok. Tudo bem. Mas esses usam paraquedas, estão cientes do seu ato. Não são os adoradores de queda livre que os pequenos sonhadores se tornaram. Eles não são sonhadores.


Eu pergunto, carregadores de expectativas, no fim, seja qual for o resultado, vale a pena?


Eu não sei mais. Ultimamente acho que as pessoas não se importam mais com o outro. Elas podem até te segurar no fim da queda, mas logo em seguida, há a possibilidade de te largar e partirem para segurar outro pequeno sonhador cheio de expectativas.

É desta maneira que nós tornamos um deles?

Por favor, por favor, não deixe isso acontecer. Ás vezes eu acho que seria melhor ser um agarrador do que um pulador, os riscos seriam imensamente menores e eu nunca teria expectativas, somente o que eu quisesse e até quando eu quisesse. Mas eu nasci para pular, arriscar, me machucar, levantar, andar mancando, aprender a correr novamente e mais uma vez pular. Até que um dia eu encontre alguém para pular comigo. Para ser um pequeno sonhador cheio de expectativas que ama uma queda livre. Assim, não vai parecer tão assustador.


Pode ser que em algum momento o seu parceiro de pulo não queira mais pular com você, acontece, ou você também pode não querer mais a companhia dele para pular. Mas não deixe de pular. Eu não vou deixar.

 
 
 

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