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Vem confabular aqui

A sua fraqueza, é a sua maior força!



"Seja forte!

Engula o choro!

Mostre que você é suficiente! Demonstre amor próprio!

PARE-DE-SER-TÃO-PATÉTICO!" Consegue escutar as vozes? Aliás, consegue escutar a si mesmo dizendo isso mentalmente?

Pois é, quantas vezes essas frases foram estapeadas em nós a fim de nos tirar da inercia de sentimentos sufocantes e inebriantes que temos o prazer em curtir, aquele martírio deliciosamente açucarado e viciante. Por favor, cessem o brado de auto suficiência e economizem sua preciosa saliva salvadora dos injustiçados. Eu sei muito bem o quanto eu valho, o problema não é esse.


A fumaça que eu engulo e que me sufoco com deleite, vem do "pensar demais", do querer raciocinar cada segundo daquela história toda, procurando o ponto certo onde eu deixei outra pessoa começar a escrever por mim. Ou, pior, procurando o momento em que eu alucinei e comecei a sair da ideia proposta. O que eu deixei passar? "Eu me entreguei demais." - Porque eu quis.

"Eu cedi demais." - Por que eu quis

"Eu criei expectativas inalcançáveis." - Porque-eu-quis.

"Eu desisti." - ... Porque eu quis.


Claro que sofremos com as escolhas e atos do outro, as ações externas - até mesmo uma ilha as sofre -, mas não posso ser injusto e hipócrita em querer tirar a minha parcela de culpa com o que me acontece. Eu me levei até aquele momento. Foi tudo eu. Eu fui aceitando que as ondas me carregassem, enquanto eu curtia a leveza que elas me davam, mas as águas mansas não duram para sempre. Fico pasmo ainda com a capacidade de me surpreender que é muito difícil de alguém ficar quando a tempestade chega. Mas ei, até mesmo as águas mais calmas são capazes de nos afogar.


Mas cá estou eu, novamente, tentando achar uma razão para o fim de algo que estava fracassado desde o começo. Quebrando a cabeça para chegar nas mesmas respostas de antes, que por birra peguei o caminho errado, que por pura luxúria e paixonite aguda e cega tentei mais uma vez com quem nunca me mereceu. Eu, tão esperto e experiente, cai novamente nas mesmas armadilhas. NAS MINHAS PRÓPRIAS ARMADILHAS. Focamos tanto no outro, que acabamos esquecendo do perigo que podemos ser para nós mesmos.


Não é o amor próprio, termo da moda da vez, que está escaço. É a vontade de fazer dar certo a qualquer custo que nos consome, pois é fácil lembrar da exaustão das perdas consecutivas, e aceitar passar por isso sem lutar, nem pensar. Se for para desistir, eu desisto em pé e fazendo reverência ao parceiro de jornada. Mas quando eu decido lutar, prefiro estar no chão com todos os escombros, VITORIOSO OU NÃO, assim eu saberei que eu fiz de tudo e que me entreguei pra valer. Eu não sei viver pela metade.


Eu sou assim. É um fato. Então não se preocupe comigo, eu vou ficar bem. Superar não é fingir a qualquer custo o que não está sentindo, colocar um sorriso no rosto e criar uma emoção imaginaria para que você se sinta bem consigo mesmo. Pensamentos positivos uma ova! Enfrente! Bata de frente com os fantasmas. Vasculhe cada escombro. Sofra cada perda, elas merecem ser sentidas também. Analise cada movimento. Chore, está permitido chorar. Mas se recuse a ficar obcecado por uma batalha perdida. Levante os olhos e veja, lá está a próxima, chegando cada vez mais rápida e ainda mais forte.


O que você fará? Se fingir de morto ao meio dos escombros da ultima batalha, ou aprender com ela e se preparar para a próxima?

É dessa maneira que você se torna ainda mais forte!

É encarando os acertos e erros que você conquista a auto suficiência! É dando tempo para curar e se preparar para continuar o caminho, que você vive a plenitude do tal amor próprio.

Você deixa de ser patético, quando parar de se esconder e se recusar a sentir.


Chore à vontade, isso nunca foi sinônimo de fraqueza.

Enquanto eles reprimem, VOCÊ ENFRENTA!

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